sábado, 31 de janeiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
ACREDITE OU NÃO... é aqui...! ! !
"quem manda seguir maus exemplos
de países atrasados tais como
Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão???"
só faltava essa...
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Presídio e Trabalho
PRESÍDIO Você passa a maior parte do tempo numa cela 5x6m.
TRABALHOVocê passa a maior parte do tempo numa sala 3x4m. _____________________________________________________
PRESÍDIO Você recebe três refeições por dia de graça.
TRABALHO Você só tem uma, no horário de almoço, e tem que pagar por ela. _____________________________________________________
PRESÍDIO Você é liberado por bom comportamento.
TRABALHO Você ganha mais trabalho com bom comportamento. ______________________________________________________
PRESÍDIO Um guarda abre e fecha todas as portas para você.
TRABALHO Você mesmo deve abrir as portas,
se não for barrado pela segurança por ter esquecido o crachá. _____________________________________________________
PRESÍDIO Você assiste TV e joga baralho, bola, dama...
TRABALHO Você é demitido se assistir TV e jogar qualquer coisa. _____________________________________________________
PRESÍDIO Você pode receber a visita de amigos e parentes.
TRABALHO Você não tem nem tempo de lembrar deles. _____________________________________________________
PRESÍDIO Todas as despesas são pagas pelos contribuintes, sem seu esforço.
TRABALHO Você tem que pagar todas as suas despesas
e ainda paga impostos e taxasdeduzidas de seu salário,
que servem para cobrir despesas dos presos.. _______________________________________________________
PRESÍDIO Algumas vezes aparecem carcereiros sádicos...
TRABALHO Aqui no trabalho,
carcereiros usam nomes específicos: Gerente, Diretor, Chefe... _______________________________________________________
PRESÍDIO Você tem todo o tempo para ler piadinhas.
TRABALHO Ah, se te pegarem...
TEMPO DE PENA No presídio, eles saem em 15 anos.
No trabalho você tem que cumprir 35 anos,
e não adianta ter bom comportamento.
AGORA VAI TRABALHAR !
CHEGA DE FICAR LENDO BLOG'S...
VOCÊ ACHA QUE ESTÁ ONDE ???
NO PRESÍDIO É ??
CAI NA REAL !!!
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
domingo, 25 de janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
The Islands of Murano and Burano Italy
Burano - Linda ilha de Veneza,
a 7 quilômetros da cidade (40 minutos de barco),
com uma população de pouco mais de 4.000 pessoas.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
"a indústria cultural e mercantilista introduziu a sujeição da mente"...
A indústria cultural,
tão bem dissecada pela escola de Frankfurt,
retarda a emancipação humana ao introduzir
retarda a emancipação humana ao introduzir
a sujeição da mente
no momento em que a humanidade
no momento em que a humanidade
se livra da sujeição do corpo.
É longa a história da sujeição do corpo,
a começar pela escravidão que durou séculos,
inclusive no Brasil,
onde foi considerada legal e legítima por 358 anos.
Não apenas escravos
É longa a história da sujeição do corpo,
a começar pela escravidão que durou séculos,
inclusive no Brasil,
onde foi considerada legal e legítima por 358 anos.
Não apenas escravos
tiveram seus corpos sujeitados.
Também as mulheres.
Afinal faz menos de um século
que elas iniciaram o processo
Também as mulheres.
Afinal faz menos de um século
que elas iniciaram o processo
de apropriação do próprio corpo.
A dominação sofrida pelo corpo feminino era,
e para algumas ainda é, endógena e exógena.
Endógena porque a mulher não tinha nenhum controle
A dominação sofrida pelo corpo feminino era,
e para algumas ainda é, endógena e exógena.
Endógena porque a mulher não tinha nenhum controle
sobre o seu organismo,
encarado como mera máquina reprodutiva
e com freqüência demonizado.
Exógena pelas tantas discriminações sofridas,
da proibição de votar à castração do clitóris,
da obrigação de encobrir o rosto em países muçulmanos,
à exibição pública de sua nudez, ora gorda, ora magra,
como isca publicitária
encarado como mera máquina reprodutiva
e com freqüência demonizado.
Exógena pelas tantas discriminações sofridas,
da proibição de votar à castração do clitóris,
da obrigação de encobrir o rosto em países muçulmanos,
à exibição pública de sua nudez, ora gorda, ora magra,
como isca publicitária
nos países capitalista de tradição cristã.
No momento em que o corpo humano
No momento em que o corpo humano
alcançava sua emancipação,
a indústria cultural e mercantilista
introduziu a sujeição da mente.
A multimídia é como um polvo cujos tentáculos
nos prendem por todos os lados.
Tente pensar diferente da monocultura
a indústria cultural e mercantilista
introduziu a sujeição da mente.
A multimídia é como um polvo cujos tentáculos
nos prendem por todos os lados.
Tente pensar diferente da monocultura
que é imposta via revistas,
televisão, rádio, jornais, novelas
e programas de entretenimento!
Se a sua filha de 20 anos
televisão, rádio, jornais, novelas
e programas de entretenimento!
Se a sua filha de 20 anos
disser que permanece virgem,
isso soará como ridículo anacronismo;
se aparecer no Big Brother expondo o corpo,
bebendo e transando via satélite
isso soará como ridículo anacronismo;
se aparecer no Big Brother expondo o corpo,
bebendo e transando via satélite
para o onanismo visual
de milhões de telespectadores, isso é show.
O processo de sujeição da mente utiliza
como chibatas o prosaico,
o efêmero, o virtual,
de milhões de telespectadores, isso é show.
O processo de sujeição da mente utiliza
como chibatas o prosaico,
o efêmero, o virtual,
o fugidio, o descompromissado.
Detona progressivamente os antigos
Detona progressivamente os antigos
e sempre universais valores.
Ética?
Ora, não deixe escapar as chances de ter sucesso
e ficar rico,
Ética?
Ora, não deixe escapar as chances de ter sucesso
e ficar rico,
ou de novo amor,
desde que sua imagem não fique mal na foto.
Agora, tudo é descartável,
desde que sua imagem não fique mal na foto.
Agora, tudo é descartável,
inclusive os valores.
E todos são impelidos à reciclagem perpétua na profissão,
na identidade,
E todos são impelidos à reciclagem perpétua na profissão,
na identidade,
na família,
nos relacionamentos.
Nossos pais aposentavam-se num único emprego.
Hoje, coitado do profissional,
Nossos pais aposentavam-se num único emprego.
Hoje, coitado do profissional,
que ao oferecer-se a uma vaga,
não apresentar no currículo
não apresentar no currículo
a prova de que já trabalhou
em pelo menos
em pelo menos
três ou quatro empresas do ramo!
Que já cursou não sei quantas faculdades!
Eis a civilização intransitiva,
desistorizada,
Que já cursou não sei quantas faculdades!
Eis a civilização intransitiva,
desistorizada,
convencida de que nela se esgota
a evolução do ser humano e da sociedade.
Resta apenas dilatar a expansão do mercado.
A tecnologia multimídia nos sujeita,
em especial os desestruturados,
sem que tenhamos consciência dessa escravidão virtual.
Pelo contrário,
Oferece-nos a impressão
a evolução do ser humano e da sociedade.
Resta apenas dilatar a expansão do mercado.
A tecnologia multimídia nos sujeita,
em especial os desestruturados,
sem que tenhamos consciência dessa escravidão virtual.
Pelo contrário,
Oferece-nos a impressão
ou quase certeza de que somos
"imperadores de poltrona",
na expressão cunhada por Robert Stam.
Temos tanto "poder" que, monitor à mão,
pulamos velozmente de um canal de TV a outro,
de um site a outro, de um chat a outro,
configurando a nossa própria programação
como se fosse real.
Já não estamos propensos
"imperadores de poltrona",
na expressão cunhada por Robert Stam.
Temos tanto "poder" que, monitor à mão,
pulamos velozmente de um canal de TV a outro,
de um site a outro, de um chat a outro,
configurando a nossa própria programação
como se fosse real.
Já não estamos propensos
a suportar discursos racionais e duradouros.
Pauta-nos a vertiginosa velocidade tecnológica,
que nos mantém, é claro,
Pauta-nos a vertiginosa velocidade tecnológica,
que nos mantém, é claro,
atrelados às conveniências do mercado.
Nossa bóia de salvação reside, felizmente,
na observação de Jean Baudrillard,
de que o excesso de qualquer coisa
Nossa bóia de salvação reside, felizmente,
na observação de Jean Baudrillard,
de que o excesso de qualquer coisa
gera sempre o contrário.
É o caso da obesidade.
O alimento imprescindível à vida,
É o caso da obesidade.
O alimento imprescindível à vida,
mas em excesso,
afeta o sistema cardiovascular,
motor e produz tantos outros defeitos colaterais.
Há tanta informação que preferimos
afeta o sistema cardiovascular,
motor e produz tantos outros defeitos colaterais.
Há tanta informação que preferimos
não prestar mais atenção nelas.
A comunicação torna-se incomunicação.
Essa sujeição da mente
vem no bojo da crise da modernidade que,
desmistificada pela barbárie de duas guerras mundiais,
de guerras localizadas,
A comunicação torna-se incomunicação.
Essa sujeição da mente
vem no bojo da crise da modernidade que,
desmistificada pela barbárie de duas guerras mundiais,
de guerras localizadas,
da incapacidade do capitalismo distribuir riquezas,
do fracasso do socialismo soviético,
do fracasso do socialismo soviético,
passa a rejeitar todos os "ismos".
Os espaços da expressão da cidadania,
como a política e o estado,
caem em total descrédito.
Tudo e todos
Os espaços da expressão da cidadania,
como a política e o estado,
caem em total descrédito.
Tudo e todos
prestam culto a um único soberano:
o mercado.
Felizmente ainda existem,
ou resistem as exceções
e que sejamos uma delas.
A.D.
enviado p/teka
o mercado.
Felizmente ainda existem,
ou resistem as exceções
e que sejamos uma delas.
A.D.
enviado p/teka
Marcadores:
poder da propaganda
domingo, 18 de janeiro de 2009
sábado, 17 de janeiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
FERNANDO PESSOA
'De tudo ficam três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que precisamos continuar...
E a certeza de que seremos interrompidos
Antes de terminar.
A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que precisamos continuar...
E a certeza de que seremos interrompidos
Antes de terminar.
Portanto, devemos:
Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
E da procura...
Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
E da procura...
Um encontro!'
FERNANDO PESSOA
FERNANDO PESSOA
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
domingo, 11 de janeiro de 2009
Você sabe ou você sente?
Você já reparou o quanto as pessoas
falam dos outros?
Falam de tudo.
Da moral, do comportamento, dos sentimentos,
das reações, dos medos, das imperfeições, dos erros,
das criancices, ranzinzices, chatices, mesmices,
grandezas, feitos, espantos.
Sobretudo falam do comportamento.
E falam porque supõem saber.
Mas não sabem.
Porque jamais foram capazes de sentir
como o outro sente.
Se sentissem não falariam.
Só pode falar da dor de perder um filho,
um pai que já perdeu, ou a mãe já ferida
por tal amputação de vida.
Dou esse exemplo extremo porque ele ilustra melhor.
As pessoas falam da reação das outras
e do comportamento delas quase sempre
sem jamais terem sentido o que elas sentiram.
Mas sentir o que o outro sente
não significa sentir por ele.
Isso é masoquismo.
Significa perceber o que ele sente
e ser suficientemente forte para ajudá-lo
exatamente pela capacidade
de não se contaminar
com o que o machucou.
Se nos deixarmos contaminar (fecundar?)
pelo sentimento que o outro está sentindo,
como teremos forças para ajudá-lo?
Só quem já foi capaz de sentir
os muitos sentimentos do mundo
é capaz de saber algo
sobre as outras pessoas
e aceitá-las, com tolerância.
Sentir os muitos sentimentos do mundo
não é ser uma caixa de sofrimentos.
Isso é ser infeliz.
Sentir os muitos sentimentos do mundo
é abrir-se a qualquer forma de sentimento.
É analisá-los interiormente,
deixar todos os sentimentos
de que somos dotados
fluir sem barreiras,
sem medos,
os maus, os bons,
os pérfidos, os sórdidos,
os baixos, os elevados,
os mais puros, os melhores,
os santos.
Só quem deixou fluir sem barreiras,
medos e defesas
todos os próprios sentimentos,
pode sabê-los,
de senti-los no próximo.
Espere florescer a árvore do próprio sentimento.
Vivendo,
aceitando as podas da realidade
e se possível fecundando.
A verdade é que só sabemos
o que já sentimos.
Podemos intuir, perceber, atinar;
podemos até, conhecer.
Mas saber jamais.
Só se sabe aquilo que já se sentiu.
Arthur da Távola
falam dos outros?
Falam de tudo.
Da moral, do comportamento, dos sentimentos,
das reações, dos medos, das imperfeições, dos erros,
das criancices, ranzinzices, chatices, mesmices,
grandezas, feitos, espantos.
Sobretudo falam do comportamento.
E falam porque supõem saber.
Mas não sabem.
Porque jamais foram capazes de sentir
como o outro sente.
Se sentissem não falariam.
Só pode falar da dor de perder um filho,
um pai que já perdeu, ou a mãe já ferida
por tal amputação de vida.
Dou esse exemplo extremo porque ele ilustra melhor.
As pessoas falam da reação das outras
e do comportamento delas quase sempre
sem jamais terem sentido o que elas sentiram.
Mas sentir o que o outro sente
não significa sentir por ele.
Isso é masoquismo.
Significa perceber o que ele sente
e ser suficientemente forte para ajudá-lo
exatamente pela capacidade
de não se contaminar
com o que o machucou.
Se nos deixarmos contaminar (fecundar?)
pelo sentimento que o outro está sentindo,
como teremos forças para ajudá-lo?
Só quem já foi capaz de sentir
os muitos sentimentos do mundo
é capaz de saber algo
sobre as outras pessoas
e aceitá-las, com tolerância.
Sentir os muitos sentimentos do mundo
não é ser uma caixa de sofrimentos.
Isso é ser infeliz.
Sentir os muitos sentimentos do mundo
é abrir-se a qualquer forma de sentimento.
É analisá-los interiormente,
deixar todos os sentimentos
de que somos dotados
fluir sem barreiras,
sem medos,
os maus, os bons,
os pérfidos, os sórdidos,
os baixos, os elevados,
os mais puros, os melhores,
os santos.
Só quem deixou fluir sem barreiras,
medos e defesas
todos os próprios sentimentos,
pode sabê-los,
de senti-los no próximo.
Espere florescer a árvore do próprio sentimento.
Vivendo,
aceitando as podas da realidade
e se possível fecundando.
A verdade é que só sabemos
o que já sentimos.
Podemos intuir, perceber, atinar;
podemos até, conhecer.
Mas saber jamais.
Só se sabe aquilo que já se sentiu.
Arthur da Távola
sábado, 10 de janeiro de 2009
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Frei Betto - Feliz Ano Novo
Feliz Ano Novo aos que tiveram perdas no ano velho
e ainda assim recolhem pedras em suas aljavas.
Aos colecionadores de afetos que jamais permitem
que suas lagartas se transmutem em borboletas.
Aos cínicos repletos de palavras sem raízes no coração.
e ainda assim recolhem pedras em suas aljavas.
Aos colecionadores de afetos que jamais permitem
que suas lagartas se transmutem em borboletas.
Aos cínicos repletos de palavras sem raízes no coração.
Feliz Ano Novo às bordadeiras de emoções,
que gastam a vida desfiando intrigas
e agulhando a boa fama alheia.
Aos céticos desprovidos de horizontes
e aos que debruçam sobre a própria solidão
que gastam a vida desfiando intrigas
e agulhando a boa fama alheia.
Aos céticos desprovidos de horizontes
e aos que debruçam sobre a própria solidão
para contemplar abismos.
Aos ressuscitadores de desgraças,
aos que se escondem em seus sapatos
e aos idólatras que cultuam os poderosos.
Aos ressuscitadores de desgraças,
aos que se escondem em seus sapatos
e aos idólatras que cultuam os poderosos.
Feliz Ano Novo aos que asfixiam a criança dentro de si
e aos que se fantasiam de palhaço para camuflar tristezas.
Aos que gastam a vida contando dinheiro,
sempre em débito com a amor.
Aos que acumulam bens e desperdiçam virtudes,
ajuntam poder e semeiam mágoas,
galgam a fama e pisam em sentimentos.
e aos que se fantasiam de palhaço para camuflar tristezas.
Aos que gastam a vida contando dinheiro,
sempre em débito com a amor.
Aos que acumulam bens e desperdiçam virtudes,
ajuntam poder e semeiam mágoas,
galgam a fama e pisam em sentimentos.
Feliz Ano Novo aos sonegadores de esperanças
e aos que crêem apenas nos valores da Bolsa.
Aos mancos de bondade,
cegos de utopias,
ébrios de ambições
e medrosos perante a ousadia de viver.
Aos que têm asas e não sabem voar,
são águias e ciscam como galinhas,
guardam em si um tigre e miam como gatos.
e aos que crêem apenas nos valores da Bolsa.
Aos mancos de bondade,
cegos de utopias,
ébrios de ambições
e medrosos perante a ousadia de viver.
Aos que têm asas e não sabem voar,
são águias e ciscam como galinhas,
guardam em si um tigre e miam como gatos.
Feliz Ano Novo aos que se agasalham com gelos
e jamais dão ouvidos à sabedoria do fogo.
Aos que alugam a própria dignidade
e se revestem da ideologia do consenso.
Aos que escondem montanhas debaixo da cama,
congelam estrelas no bolso e torcem o arco-íris até sangrar.
e jamais dão ouvidos à sabedoria do fogo.
Aos que alugam a própria dignidade
e se revestem da ideologia do consenso.
Aos que escondem montanhas debaixo da cama,
congelam estrelas no bolso e torcem o arco-íris até sangrar.
Feliz Ano Novo aos que exibem no pedestal de sua mente
o próprio corpo,
jejuam por razões estéticas
e mendigam aos olhos alheios
jejuam por razões estéticas
e mendigam aos olhos alheios
a moeda falsa da admiração convencional.
Aos que ficam inebriados diante da paisagem televisiva e,
como Carolina, vêem o mundo passar na janela eletrônica.
Aos que proferem palavras furtivas,
segredam mentiras, sonham com elefantes de papel
e tentam fugir da própria sombra.
Aos que ficam inebriados diante da paisagem televisiva e,
como Carolina, vêem o mundo passar na janela eletrônica.
Aos que proferem palavras furtivas,
segredam mentiras, sonham com elefantes de papel
e tentam fugir da própria sombra.
Feliz Ano Novo aos voluntários da servidão,
aos que amam amar amores e desamores alheios
e nunca experimentam o êxtase de uma paixão inefável.
Aos crentes desprovidos de fé,
aos políticos vazios de senso cívico,
aos democratas que exaltam medidas autoritárias.
aos que amam amar amores e desamores alheios
e nunca experimentam o êxtase de uma paixão inefável.
Aos crentes desprovidos de fé,
aos políticos vazios de senso cívico,
aos democratas que exaltam medidas autoritárias.
Feliz Ano Novo aos que fazem de seus dias tijolos de catedrais escuras,
navegam em pingo d’água
navegam em pingo d’água
e jamais perdem tempo com uma criança.
Aos que cimentam árvores,
fazem pontaria em orquídeas
Aos que cimentam árvores,
fazem pontaria em orquídeas
e pintam o verde de marrom.
Aos que jamais escutam o silêncio,
vociferam palavras sem nexo
e tratam seus semelhantes como os motoristas
reclamam dos buracos na estrada.
Aos que jamais escutam o silêncio,
vociferam palavras sem nexo
e tratam seus semelhantes como os motoristas
reclamam dos buracos na estrada.
Feliz Ano Novo aos que cercam suas almas com arame farpado,
abrem com foices seus caminhos na vida e,
ainda assim, não sabem que rumo tomar.
Aos que traçam labirintos em seus mapas imaginários,
enfeitam a vida com buquês de impropérios
e rasgam o ventre da água com os seixos adormecidos
no leito de seus pesadelos.
abrem com foices seus caminhos na vida e,
ainda assim, não sabem que rumo tomar.
Aos que traçam labirintos em seus mapas imaginários,
enfeitam a vida com buquês de impropérios
e rasgam o ventre da água com os seixos adormecidos
no leito de seus pesadelos.
Feliz Ano Novo aos que cavalgam em hipocampos grávidos de dinamites,
multiplicam teorias para subtrair a prática
multiplicam teorias para subtrair a prática
e escondem a alegria no fundo da gaveta.
Feliz Ano Novo aos que se julgam imortais,
incensam a própria imagem
e tocam címbalos aos cifrões que lhes servem de prisão.
E aos que estão terminantemente proibidos
de tomar nas mãos vazias de dinheiro um prato de comida.
incensam a própria imagem
e tocam címbalos aos cifrões que lhes servem de prisão.
E aos que estão terminantemente proibidos
de tomar nas mãos vazias de dinheiro um prato de comida.
Feliz Ano Novo a todos os infelizes que fazem de suas vidas
Luas minguantes
e se vestem com o escafandro de seus temores,
afogados no sal de um oceano ressecado.
Novos lhes sejam o ano,
a vida e o espírito,
revertidos e revestidos de ensolaradas esperanças.
e se vestem com o escafandro de seus temores,
afogados no sal de um oceano ressecado.
Novos lhes sejam o ano,
a vida e o espírito,
revertidos e revestidos de ensolaradas esperanças.
Feliz Ano Lula.
Feliz Ano Novo, Brasil!
Frei Betto
Frei Betto
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
domingo, 4 de janeiro de 2009
FrankSinatra & BingCosby
FrankSinatra & BingCosby Cristmas TV Special
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musica internacional
sábado, 3 de janeiro de 2009
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
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