segunda-feira, 6 de outubro de 2008

ENTENDA COMO ELA AFETA A SUA VIDA...


(recebi hoje via e-mail
esse texto
e acheique seria
+ fácil
todo mundo
entender um pouco...)
Crise norte-americana,
crise mundial, bolsa de valores sobe,
bolsa de valores desce, juros, inflação,
nível de emprego, dólar alto, empréstimos...
É muita informação!
Difícil é entender por que algo que acontece
nos Estados Unidos
afeta as economias de todos os países.
O fato é que, atualmente,
as economias das nações dependem uma da outra
- é a globalização.
Difícil é também entender o que significa essa crise
e como nos afeta aqui no Brasil.
Para começar, há um consenso
entre os especialistas no assunto
de que essa crise mundial vai afetar, sim, o Brasil.
Mas não se sabe em que grau.
Isso vai depender do que de fato acontecer
com os outros países,
principalmente com os Estados Unidos.
O consumidor brasileiro já pode perceber na prática
alguns efeitos da crise.
Um deles é o encarecimento do crédito, que se dá, por exemplo,
por meio de financiamentos e crediários.
Nas concessionárias de automóveis,
o prazo dos empréstimos chegava a 72 meses em agosto.
Em setembro, não passava de 60 meses.
As lojas que ofereciam até 36 meses
para a compra de eletrodomésticos,
eletrônicos e móveis reduziram o prazo para 24 meses.
Os juros também estão mais caros.
Segundo a pesquisa mensal de juros do Banco Central,
a taxa média de juros cobrada pelos bancos,
o que inclui pessoas físicas e empresas,
passou de 39,4% para 40,1% ao ano em agosto
- o maior patamar desde novembro de 2006 (41%).
Somente em 2008,
os juros cobrados pelas instituições já subiram
expressivos 6,3 pontos percentuais,
uma vez que estavam em 33,8% ao ano
em dezembro de 2007.
Para pessoas físicas, em agosto,
os juros subiram nas principais modalidades de crédito.
A taxa média, que engloba cheque especial,
empréstimo pessoal e aquisições de veículos, entre outros,
subiu de 51,4%, em julho,
para 52,1% ao ano no mês passado.
É a maior taxa desde janeiro de 2007,
quando os juros estavam em 52,3%.
A taxa do cheque especial pessoa física, por sua vez,
avançou para 166,4% ao ano em agosto de 2008.
No fim de 2007,
a taxa média do cheque especial estava em 138,1%.
Como a taxa de juros ficou mais cara para os consumidores
e para as empresas, os especialistas afirmam que vai haver
uma redução do crescimento da nossa economia.
Com dinheiro mais caro e escasso,
as pessoas vão comprar menos
e as empresas vão produzir menos também,
e isso pode gerar menos emprego.

É o que acredita Fabio Kanczuk,
professor de Macro-Economia
da Faculdade de Economia, Administração
e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
"Num primeiro momento,
as empresas devem apenas diminuir o ritmo de produção.
E, em 2009, começar a demitir,
se a situação não melhorar."
A opinião de que o Brasil
não sentirá grandes conseqüências
neste ano também é compartilhada
pela gerente do departamento
de Economia da Fecomercio, Fernanda Della Rosa.
"O consumo deste ano será sustentado
pelo aumento significativo do nível de trabalho
e pela renda do trabalhador, que aumentou 5,6%."
Além disso, explica a economista que a entrada do 13º salário
e do dissídio salarial, que muitas categorias receberam neste ano,
contribuem para este cenário.
Outro economista que faz previsão semelhante é Alcides Leite,
professor de Economia da Trevisan Escola de Negócios.
Ele acredita que neste ano o impacto ainda não será tão grande.
"Pode haver menos contratações temporárias para o final do ano.
O maior impacto será em 2009,
mas não acredito que o desemprego seja muito grande."
Comprar importados no final de ano deve ficar mais caro.
Remédios, alimentos importados
- como vinhos, azeite e bacalhau -
e produtos que utilizam componentes eletrônicos em sua composição,
como TVs e DVDs,
podem sofrer aumento de preço assim que as indústrias
começarem a pagar mais caros por suas matérias-primas.
"Não há um número certo de quanto o dólar ainda vai aumentar,
pois depende dos próximos acontecimentos.
Há uma expectativa de aumento de inflação,
mas o governo está conseguindo controlar bem",
explica Fabio Kanczuk.
Fernanda também acredita que a inflação
não subirá muito nos próximos meses.
"A inflação cambial acontece quando o dólar
fica alto durante muito tempo.
Num primeiro momento,
conseguiremos substituir alguns
produtos importados por nacionais.
" Inclusive, essa é uma dica para o consumidor.
Por exemplo, em vez de comprar vinhos importados,
tente substituir por similares nacionais.
Para aqueles que não sabem o que fazer com o dinheiro
que está guardado neste momento,
os especialistas indicam cautela e paciência.
Para Alcides, "a poupança e a renda fixa são bastante seguros,
já que possuem um fundo garantidor de crédito".
Já para quem tem algum capital na Bolsa de Valores,
ele recomenda não mexer.
Reinaldo Domingos, consultor e terapeuta financeiro,
também sugere que as aplicações na Bolsa sejam mantidas,
e vai mais longe.
"Quem investe na Bolsa sabe, ou deveria saber,
que é um investimento de longo prazo.
Portanto, não há por que tirar o dinheiro agora.
Quando a situação melhorar, os preços vão voltar a subir.
Agora é hora de comprar ações, já que os preços estão mais baixos.
Mas, antes de comprar,
peça auxílio para corretores
ou o gerente do seu banco", recomenda.
Para 2009, as tendências não são muito animadoras.
Mesmo antes da crise mundial,
nosso País já apresentava números
que indicavam uma desaceleração econômica.
E a tendência é que a situação piore.
"Antes da crise mundial,
os indicadores já mostravam que em 2009
o PIB (Produto Interno Bruto) do País
cresceria cerca de 3%, menos que 2008,
cuja previsão é de 5%.
Mas estes números serão revistos", indica Fabio.
Para os especialistas, com o crédito mais escasso
e caro, os setores da economia
que podem sentir o efeito mais rápido da retração
são as indústrias automobilísticas, a construção civil
e o setor de eletrodomésticos/eletrônicos.
Para o longo prazo, Reinaldo Domingos acredita
que o cenário é desanimador.
"Como nos Estados Unidos,
viveremos uma grave crise nos setores imobiliário
e automobilístico nos próximos cinco anos.
As pessoas se endividaram muito,
mas se esqueceram de prever os gastos
com manutenção, por exemplo.
As dívidas vão aumentar,
o que vai gerar ainda mais inadimplência.
E o restante da história já conhecemos",
explica ele,
que também é autor do livro Terapia Financeira,
da Editora Gente.
Ao mencionar a história,
Reinaldo se refere ao que aconteceu nos Estados Unidos.
Em 2001, os americanos refinanciaram seus imóveis,
pegando dinheiro na troca.
Em conseqüência, os valores dos imóveis subiram.
Com a procura elevada, em meados de 2005,
os imóveis atingiram um preço muito alto nos EUA.
Em 2006, a inflação começou a subir, e os juros também,
fazendo com que a procura pelos imóveis caísse.
Então, as empresas de concessão de crédito
começaram a sofrer com a inadimplência.
Já em 2007, os consumidores evitaram o consumo,
as empresas começaram a vender menos
e as bolsas começaram a cair.
E, de lá até hoje, várias empresas
e financeiras começaram a falir
ou ter perdas milionárias,
e a inadimplência dos consumidores só aumentou.
Carreira & Sucesso

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