terça-feira, 30 de junho de 2009

Escrava Isaura- Tema de Abertura

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Djavan - Lilás

domingo, 28 de junho de 2009

Michael Jackson Will You Be There

sábado, 27 de junho de 2009

Michael Jackson "to make my father proud"

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Tributo Homenaje Michael Jackson

Tributo Homenaje 25/junio/2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson è morto 1958-2009 TRIBUTO

muore a 50 anni: il Re del pop lascia questa terra

muere michael jackson

King of Pop Michael Jackson is dead at age 50

descanza en paz rey del pop





Tributo Homenaje 25/junio/2009

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Os vivos e os mortos


Por mais que as notícias falem
de crianças assassinadas com um tiro na cara
e de mulheres grávidas estupradas;
por mais que ao nosso lado, de todas as formas,
se banalize a morte,
sempre que ela nos atinge sentimos um grande abalo
e fundo estranhamento.
Ela nos ronda,
e mesmo assim não aceitamos a Senhora Morte,
cujo aceno vai nos levar também, inevitável.
Ninguém sabe quando virá essa surpresa
que não quereríamos ter.
Chegará, súbita ou sorrateira,
dedo dobrado que sinaliza:
"Venha comigo,
chega de brincar de vida,
agora a coisa é real".
Meu primeiro encontro com ela
foi a pomba morta de frio que,
menininha ainda,
encontrei no pátio de casa:
pensei que ela estivesse dormindo
e a aconcheguei debaixo do casaco.
Quando me fizeram ver que estava morta,
chorei inconformada.
Muita insônia também sofri naquele tempo,
quando morreu o menininho de 2 ou 3 anos,
filho de um vizinho nosso.
Os gritos de agonia daquele pai vararam a noite
e chegaram até meu quarto,
trazendo susto e terror só de lembrar,
por longo tempo ainda.
Mais tarde,
eu conheceria intimamente
a Velha Dama sobre a qual tanto já escrevi:
ela abriu-me as portas do mistério e,
embora eu nunca passasse da soleira,
me fez valorizar mais a vida, os afetos,
o que há de belo e bom na natureza,
na arte e no ser humano,
e me fez acreditar nos laços de amor que ela,
a morte, não desfaz.
No recente desastre de avião,
que levou num golpe mais de 200 pessoas,
está uma prova dramática do quanto vivemos alienados
em relação à morte,
e quanto ela pode ser cruel.
Sabemos de apenas alguns dramas desse acidente:
o casal em lua de mel, pais perdendo filhos,
dez funcionários de uma indústria francesa premiados
com quatro dias no Rio com acompanhante.
A lista é longa e triste.
Nem precisamos de um cataclismo de grandes dimensões:
basta a vida cotidiana,
olhar um pouco para o lado,
e lá está a morte, trazendo angústias sem medida.
No começo tudo é horrível:
só desespero e dor.
No choque inicial, palavras e gestos de conforto,
embora essenciais,
podem até parecer ofensivos a quem sofre tanto.
Paciência com a pessoa enlutada
faz parte dos cuidados em relação a ela:
a dor é natural e necessária.
Mas nossa frivolidade abomina silêncio,
recolhimento e tristeza;
queremos que o outro não nos perturbe
nem ameace com suas lágrimas.
Então dizemos:
"Reaja!
Não chore!
Controle-se!"
,
embora seja até perverso exigir isso de alguém que está de luto.
Uma jovem reclamou que sua mãe, viúva, não parava de chorar.
Desconfiei daquela vagamente irritada preocupação e perguntei:
"Quanto tempo faz que seu pai morreu?".
A resposta veio imediata:
"Quinze dias".
Sugeri que ela deixasse a mãe com seu sofrimento,
para que um dia ela pudesse se recuperar.
Porque, mesmo que não haja verdadeiro consolo,
existe a possibilidade de,
a seu tempo, cada um se recompor.
Ainda que a gente nunca mais seja a mesma,
mudar não é tornar-se pior.
Faz parte desse processo,
entender que a melhor homenagem a quem se foi
é viver como ele gostaria que a gente vivesse.
Esse é um dos segredos de não sobreviver como vítima
que se arrasta indefinidamente,
mas como quem reencontrou em si,
de uma outra forma,
o que parecia perdido.
Quando seus amigos choravam porque ele fora sentenciado,
por uma sociedade preconceituosa,
a tomar veneno, o grego Sócrates os censurou:
"Por que se lamentam assim?
Se a morte for um sono sem sonhos, que bom será.
Mas, se for um reencontro com pessoas queridas,
que bom será também!".
O tempo vai preservar e iluminar os melhores momentos havidos.
Talvez passemos a valorizar menos o dinheiro,
o sucesso, a beleza e o poder.
Seremos mais abertos à vida,
mais gentis com os outros,
mais bondosos conosco mesmos.
Morrer não é ser deletado:
aquele que aparentemente nos deixou
está preservado
no casulo de seu novo mistério,
sem mais risco, doença ou tormentos.
Não vai envelhecer nem sofrer nem se apartar de nós,
os vivos.
E não o perderemos nunca mais.
Lya Luft é escritora

terça-feira, 23 de junho de 2009

O livro de Lili - Anita Fonseca




essa é a cartilha onde aprendi a ler...







segunda-feira, 22 de junho de 2009

Doidas e santas - Martha Medeiros



"Estou no começo do meu desespero e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa".
São versos de Adélia Prado,

retirados do poema A Serenata.
Narra a inquietude de uma mulher

que imagina que mais cedo o ou mais tarde
um homem virá arrebatá-la,

logo ela que está envelhecendo
e está tomada pela indecisão
- não sabe como receber um novo amor

não dispondo mais de juventude.
E encerra:
"De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?".

Adélia é uma poeta danada de boa.
E perspicaz.
Como pode uma mulher buscar uma definição exata para si mesma
estando em plena meia-idade,
depois de já ter trilhado uma longa estrada
onde encontrou alegrias e desilusões,
e tendo ainda mais estrada pela frente?
Se ela tiver coragem de passar por mais alegrias e desilusões
- e a gente sabe como as desilusões devastam
- terá que ser meio doida.
Se preferir se abster de emoções fortes

e apaziguar seu coração,
então a santidade é a opção.
Eu nem preciso dizer o que penso sobre isso, preciso?

Mas vamos lá.
Pra começo de conversa,
não acredito que haja uma única mulher no mundo

que seja santa.
Os marmanjos devem estar de cabelo em pé:
como assim, e a minha mãe???

Nem ela, caríssimos, nem ela.

Existe mulher cansada, que é outra coisa.
Ela deu tanto azar em suas relações que desanimou.
Ela ficou tão sem dinheiro de uns tempos pra cá
que deixou de ter vaidade.
Ela perdeu tanto a fé em dias melhores
que passou a se contentar com dias medíocres.
Guardou sua loucura em alguma gaveta

e nem lembra mais.

Santa mesmo,
só Nossa Senhora,
mas cá entre nós,

não é uma doideira o modo como ela engravidou?
(não se escandalize, não me mande e-mails, estou brin-can-do).

Toda mulher é doida.
Impossível não ser.
A gente nasce com um dispositivo interno

que nos informa desde cedo que,
sem amor,

a vida não vale a pena ser vivida,
e dá-lhe usar nosso poder de sedução

para encontrar "the big one",
aquele que será inteligente, másculo,

se importará com nossos sentimentos
e não nos deixará na mão jamais.
Uma tarefa que dá para ocupar uma vida,

não é mesmo?
Mas além disso temos que ser independentes,
bonitas, ter filhos

e fingir de vez em quando que somos santas,
ajuizadas, responsáveis,

e que nunca,
mas nunca,
pensaremos em jogar tudo pro alto
e embarcar num navio-pirata

comandado pelo Johnny Depp,
ou então virar uma cafetina,
sei lá,
diga aí uma fantasia secreta,
sua imaginação deve ser melhor que a minha.

Eu só conheço mulher louca.
Pense em qualquer uma que você conhece
e me diga se ela não tem

ao menos três dessas qualificações:
exagerada, dramática, verborrágica,
maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante
.
Pois então.
Também é louca.
E fascina a todos.

Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela,
não importa a idade que tenham.
Nossa insanidade tem nome:
chama-se Vontade de Viver até a Última Gota.
Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira
para ver quem está chamando lá fora.
E santa, fica combinado, não existe.
Uma mulher que só reze,
que tenha desistido dos prazeres da inquietude,
que não deseje mais nada?
Você vai concordar comigo:
só sendo louca de pedra.

domingo, 21 de junho de 2009

Rovos Rail Safari South Africa

sábado, 20 de junho de 2009

Sparkenbroke


..."Eu de nada tenho certeza,
a não ser da santidade das afeições
do coração e da Imaginação.
A beleza apreendida pela imaginação deve ser verdade.
A imaginação pode ser comparada ao sonho de Adão.
Adão despertou e viu que era ver"
"(...) eu te amo,
não apenas na carne,
ou mesmo no espírito,
mas no mais profundo de minha imaginação.
Em ti, se atingiste, como eu, a unidade do coração,
eu posso morrer ao meu ser de outrora.
Eu te amo por este mistério,
pela simplicidade de tua vida que nele está contida,
e pela sensação que experimento em tua presença,
de viver a tensão de um sonho,
e de estar em repouso no seio deste sonho.
Diante do mundo,
e de acordo com as máscaras que apresentamos a outrem,
estamos largamente separados,
mas quando nos encontramos juntos a sós,
sinto-me um ser liberado
que tem sua entrada natural em todas as coisas criadas,
e encontra em ti segurança e vôo;
de modo que um em face do outro
não podemos nos fazer nenhum mal,
nem correr o risco de não nos entendermos.
Contigo,
única inocência na qual tenho fé,
entre as falsas ingenuidades da vida,
eu em aproximo mais perto
do que nunca o faria neste mundo,
da comunicação absoluta com um ser humano..."
SPARKENBROKE
Charles Morgan

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Marx O Capital, 1867

"Os donos do capital
vão estimular a classe trabalhadora
a comprar bens caros,
casas e tecnologia,
fazendo-os dever cada vez mais,
até que se torne insuportável.
O débito não pago
levará os bancos à falência,
que terão que ser nacionalizados pelo Estado".
Karl Marx O Capital, 1867

quinta-feira, 18 de junho de 2009

As pessoas de sucesso


As pessoas de sucesso
Quando perguntávamos aos entrevistados
de uma pesquisa qual a razão da admiração
que sentiam por quem consideravam
"pessoas de sucesso",
a resposta era quase sempre:
"- Essa pessoa é diferente!".
E quando perguntávamos
- "diferente em quê?"
A resposta quase sempre era
- "diferente em tudo!".
De fato, as pessoas de sucesso
- sejam elas o que forem -
são "diferentes" das demais.
Elas pensam de forma diferente.
Agem de forma diferente.
Enxergam a vida e o mundo de maneira diferente.
Elas são mais positivas.
Acreditam em si próprias.
Conseguem enxergar oportunidades nas crises.
Elas participam mais.
Comprometem-se mais.
Terminam as coisas que começam.
Dão atenção aos detalhes em tudo o que fazem.
São polidas e educadas
e além da "boa intenção" têm muita sensibilidade
e empatia para colocar-se no lugar das outras pessoas.
Elas ouvem, mais do que falam.
Elas respeitam as opiniões alheias.
Elas sabem dizer "eu não sei"
e dizem com frequência "eu não compreendi"...
São pessoas simples e objetivas.
Não usam vocabulário rebuscado e complexo.
Falam e agem com simplicidade
e têm muito foco em tudo o que fazem.
Daí a "diferença".
A diferença positiva está mais na simplicidade
do que na complexidade,
mais na humildade do que na arrogância,
mais no "ser" do que no "ter".
Luiz Marins

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Colbie Caillat - Bubbly.avi

Music video by Colbie Caillat

terça-feira, 16 de junho de 2009

cachorro farejador...


"Os outros têm uma espécie de cachorro farejador,
dentro de cada um,
eles mesmos não sabem.
Isso feito um cachorro,
que eles têm dentro deles,
é que fareja,
todo o tempo,
se a gente por dentro da gente está mole,
está sujo
ou está ruim,
ou errado...
As pessôas, mesmas, não sabem.
Mas, então,
elas ficam assim com uma precisão
de judiar com a gente..."
G.Rosa

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Gente Fina...



Gente fina é aquela que é tão especial
que a gente nem percebe se é gorda,
magra, velha, moça, loira,
morena, alta ou baixa.
Ela é gente fina,
ou seja, está acima de qualquer classificação.
Todos a querem por perto.
Tem um astral leve,
mas sabe aprofundar as questões,
quando necessário.
É simpática, mas não bobalhona.
É uma pessoa direita,
mas não escravizada pelos certos e errados:
sabe transgredir sem agredir.
Gente fina é aquela que é generosa,
mas não banana.
Te ajuda, mas permite que você cresça sozinho.
Gente fina diz mais sim do que não,
e faz isso naturalmente,
não é para agradar.
Gente fina se sente confortável
em qualquer ambiente:
num boteco de beira de estrada
e num castelo no interior da Escócia.
Gente fina não julga ninguém
- tem opinião, apenas.
Um novo começo de era,
com gente fina, elegante e sincera.
O que mais se pode querer?
Gente fina não esnoba,
não humilha,
não trapaceia, não compete e,
como o próprio nome diz,
não engrossa.
Não veio ao mundo pra colocar areia
no projeto dos outros.
Ela não pesa,
mesmo sendo gorda,
e não é leviana,
mesmo sendo magra.
Gente fina é que tinha que virar tendência.
Porque, colocando na balança,
é quem faz a diferença.
MARTHA MEDEIROS

domingo, 14 de junho de 2009

campanha 2008 AIDS

campanha de 2008desenvolvida pela TBWA/Paris
para a AIDES,
Association de Lutte Contre Le SIDA.

sábado, 13 de junho de 2009

Antes de ser mãe...

"Antes de ser mãe, eu fazia
e comia refeições quentes.
Eu usava roupas sem manchas.
Eu tinha calmas conversas ao telefone.
Antes de ser mãe,
Eu dormia tão tarde quanto eu quisesse
e nunca me preocupava com que horas iria para a cama.
Eu escovava meus cabelos
e tomava banho sem pressa.
Antes de ser mãe,
Minha casa estava limpa todos os dias.
Eu nunca tropeçava em brinquedos,
ou pensava em canções de ninar.
Antes de ser mãe,
Eu não me preocupava se minhas plantas eram venenosas.
Eu nem sabia que existiam protetores de tomada...
Antes de ser mãe,
Ninguém nunca tinha vomitado
ou cuspido em mim.
Eu nunca tinha sido mordida
nem beliscada por dedos minúsculos
Ninguém nunca tinha me molhado.
Antes de ser mãe,
Eu tinha controle da minha mente,
dos meus pensamentos,
do meu corpo,
e do meu tempo.
Eu dormia a noite toda!!
Antes de ser mãe,
Eu nunca tinha segurado uma criança chorando
para que pudessem fazer exames
ou aplicar vacinas.
Eu nunca havia experimentado
a maravilhosa sensação de amamentar
e saciar um bebê faminto.
Eu nunca tinha olhado em olhos marejados
e chorado.
Eu nunca tinha ficado tão gloriosamente feliz
por causa de um simples sorriso.
Eu nunca tinha sentado tarde da noite
só para admirar um bebê dormindo.
Eu nunca tinha segurado um bebê dormindo
só porque eu não queria deixá-lo.
Eu nunca havia sentido meu coração se quebrar
em um milhão de pedaços
porque eu não pude parar uma dor.
Eu nunca imaginaria que algo tão pequeno
pudesse afetar tanto minha vida.
Eu nunca soube que eu amaria ser mãe.
Antes de ser mãe,
Eu não conhecia a sensação de ter meu coração
fora de meu corpo.
Eu não conhecia a força do amor
entre uma mãe e seu filho.
Antes de ser mãe,
Eu não conhecia o calor,
A alegria,
O amor,
A preocupação,
A plenitude,
Ou a satisfação de ser mãe.
Eu não sabia que era capaz de sentir tudo isso
com tanta intensidade Antes de ser mãe..."
Autor: Affonso Romano de Sant'Anna

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Leila Pinheiro - Quando o amor acontece

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sinto Saudades...


Ter saudades não é só dizer "nostalgia",
para traduzir saudade em outra língua.
Saudade, conforme diz a canção,
"é uma tristeza que não sabemos de onde vem".
Eu tenho saudades de tudo que marcou a minha vida !
Nas lembranças dos "causos" que meus pais e avós,
sertanejos, me contavam;
quando vejo seus retratos;
quando sinto cheiros,
como daquela chá de hortelã com açúcar queimado
(único que tomei na vida, preparado pela vovó Biluca);
quando ouço uma voz,
que me lembra alguém a quem não esqueci;
quando me lembro das pessoas que convivi no passado.
Ah, eu sinto saudades.
Saudades muitas, montanhas de saudades.
Sinto saudades dos amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei.
Sinto saudades de minha infância,
do meu primeiro amor,
da primeira professora, a dona Dulce de São Simão-SP;
dos meus amigos de infância,
do primeiro beijo.
Sinto saudades até do presente,
que não consigo aproveitar direito,
devido ao redemoinho
que se transforma nossa vida moderna,
tenho saudades do passado,
próximo e distante,
como de quando conheci minha esposa
e namoramos
e noivamos por longos dezoito meses,
também sinto saudades do futuro,
que não sei se vou conhecer,
mesmo assim estou saudoso.
Este futuro no qual apostei toda minha vida:
e idealizei,
me preparei, estudei,
passei privações de vários tipos,
mesmo assim sinto saudades,
até porquê eu não o conheço:
nem ele a mim!.
É possível que o futuro seja diferente
de tudo que sonhei,
mesmo assim, dele sinto saudade.
Sinto saudade até do barulho da enceradeira,
que hoje nem existe mais nas lojas de departamentos,
tenho saudades.
Tenho saudades de quem deixei,
de quem me deixou,
dos amigos da escola rural
e da faculdade,
dos times de futebol de várzea,
tenho saudades.
Tenho saudades de quem um dia disse que viria
e não veio;
sinto saudades de quem apareceu na minha vida
como um furacão ou um cometa,
sinto saudades.
Sinto saudades da dona Guidinha e do Seu Joaquim,
meus pais, a quem Deus levou tão cedo
e nem tive a chance de dizer o quanto os amava,
sinto saudades.
Sinto saudades do meu irmão primogênito
e minha irmã mais velha,
que tão cedo se foram, sinto saudades.
Sinto saudades novas e saudades antigas,
sinto saudades de quem nem conheci.
Sinto saudades de uma tarde no circo mambembe,
onde assisti teatro pela primeira vez na vida,
sinto saudades.
Sinto saudades, eu campesino, das “procissões de chover”,
bem no auge das grandes secas
que matavam nossas lavouras de subsistência,
sinto saudades.
Sinto saudades dos que se foram
e dos quais não me despedi direito nem torto,
como meus irmãos queridos Oswaldo e Táta,
que não tiveram como me dizer adeus...
Tenho saudades de gente
que passou na calçada contrária da minha vida,
pessoas que só enxerguei de vislumbre;
tenho saudades de coisas que eu tive e de coisas
que nem sei se existiram na minha vida,
mas se soubesse,
decerto gostaria de experimentar.
Tenho saudades das gentes que,
por eu ter cruzado a rua, deixei de conhecer.
Sinto saudades do meu cachorrinho,
o Viajante, que tive um dia,
quando criança e que me amava fielmente,
como só os cães de crianças são capazes;
dos livros que li e que me fizeram viajar,
dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
das coisas que vivi e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade,
para resgatar alguma coisa
que nem sei o que é
e nem onde perdi,
mas mesmo assim,
sinto saudades.
Vejo o mundo girando
e penso que poderia estar sentindo saudades
em Taboão da Serra,
em Cravinhos,
na cidade do Cabo,
em Londres ou Xangai,
ou em qualquer outro lugar do planeta.
E meu sentimento poderia se expressar em qualquer língua,
mas que minha saudade,
por eu ser brasileiro,
só fala Português,
embora, lá no fundo,
sei que ela fala todos os idiomas,
mesmo que não saibam descrevê-la.
Creio que todos os povos sintam saudades,
apenas eles não sabem demonstrá-la por palavras.
E é por isso que eu tenho ainda mais saudades.
Porque encontrei uma palavra que posso usar sempre
que eu sentir este aperto no peito,
irreverente, gostoso,
triste, amargo, visceral,
mas que funciona melhor do que um sinal vital
quando se quer falar de vida e de sentimentos.
Saudade é a prova inequívoca de que somos sensíveis;
de que amamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência.
Antonio Carlos Affonso

quarta-feira, 10 de junho de 2009

click - motivação


cena do filme click

terça-feira, 9 de junho de 2009

Rosana Beni entrevista Sonia Rinaldi 5ª Parte


segunda-feira, 8 de junho de 2009

Rosana Beni entrevista Sonia Rinaldi 4ª Parte


domingo, 7 de junho de 2009

Rosana Beni entrevista Sonia Rinaldi 3ª Parte


sábado, 6 de junho de 2009

Rosana Beni entrevista Sonia Rinaldi 2ª Parte


Transcomunicação

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Rosana Beni entrevista Sonia Rinaldi 1ª Parte


Transcomunicação

gravando vozes


quinta-feira, 4 de junho de 2009

O TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES

RENCTAS

quarta-feira, 3 de junho de 2009

bons comerciais...AIDS


terça-feira, 2 de junho de 2009

Supere-se ...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Caminhos Cruzados - Leila Pinheiro

Quando um coração que está cansado de sofrer

Encontra um coração também cansado de sofrer

É tempo de se pensar

Que o amor pode, de repente, chegar

Quando existe alguém, que tem saudade de alguém

E esse outro alguém não entender

Deixe esse novo amor chegar

Mesmo que depois

Seja imprescindível chorar

Que tolo fui eu

Que, em vão, tentei raciocinar

Nas coisas do amor

Que ninguém pode explicar

Vem, nós dois vamos tentar

Só um novo amor pode a saudade apagar

Deixa esse novo amor ...