domingo, 28 de fevereiro de 2010

Rock Me Baby-BB KIng

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Parangolé - Rebolation

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

animação com papel de Michel Ocelot

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Shimbalaiê, Maria Gadu

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Edith e Isabelle Mãe e Filha

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pra ser amor - Ricky Vallen

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Borboleta

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O Carnaval da Alma


É ter por dentro ecos formidáveis,
batucadas existenciais,
passistas encantadas
realizando a coreografia da saudade.
Ao lado delas, segue um jovem emocionado
por viver e saber-se carioca em profundidade,
identificado com tudo aquilo.
Aquele jovem saiu no bloco da vida e foi para aonde?
É não se agradar do Carnaval concreto,
que tem tudo "demais":
preços,
seguranças,
angústia,
crachás,
barraquinhas,
nudez grosseira
e violência,
vale dizer o oposto do espírito da festa.
É agradar-se como desejo de ser leve e solto,
vagabundo e belo,
e sem tantos deveres ou consciência.
É preferir a alma da festa, ao seu corpo,
embora estupefato diante da beleza de mulheres impossíveis.
É a criação de um território próprio
onde se é rei pelo cansaço de ser plebeu
no território concreto dos homens.
É ainda a ânsia de sair por aí,
sem intenções ou objetivos,
cansado de conhecer, analisar.
Querendo apenas ser e viver.
Sem cogitar.
É não se aproveitar da fantasia
para dizer verdades recalcadas e provocar ofensores.
É sair por aí numa boa e com uma só disposição
- a de nada ter a fazer,
ninguém a quem convencer ou dar satisfações,
a alegria liberta de dispor do próprio tempo
e da própria vontade segundo o que vai acontecendo
e não segundo os planos tensos e contraídos
do "ter que fazer",
"dizer",
"compreender"
ou "realizar".
É ânsia de vôos e alegria.
Necessidade de não cogitar e mergulhar na vida.
Um instante de inconseqüência no meio da trajetória
idiotamente lúcida, tão obscura.
É mandar às favas a ânsia de metafísica,
mera expressão dos medos que moram na mente,
vizinhos dos pensamentos
(não se dão bem, esses vizinhos).
É acordar tranqüilo e emocionado,
certeza de festa.
Só esperança,
só juventude.
Do lado de lá, tanto coração!
Do lado de cá, tanta vontade!
Apenas ser vítima da alma diabólica das festas,
jamais autor ou relator,
organizador ou apreciador.
Vontade de ser passista ou tocador de surdo,
de mergulhar no delírio,
ser mais um,
chutar seriedades e convicções,
deveres e testemunhos.
Vontade de tudo que só farei interiormente.
Dá no mesmo...
Artur Da Távola

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Amatciems - Letonia - Aivars Zvirbulis

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A impontualidade do amor


Você está sozinho.

Você e a torcida do Flamengo.
Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos
enquanto espera o telefone tocar.
Bem que podia ser hoje,
bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm!
É sua mãe, quem mais poderia ser?
Amor nenhum faz chamadas por telepatia.
Amor não atende com hora marcada.
Ele pode chegar antes do esperado
e encontrar você numa fase galinha,
sem disposição para relacionamentos sérios.
Ele passa batido e você nem aí.
Ou pode chegar tarde demais
e encontrar você desiludido da vida,
desconfiado, cheio de olheiras.
O amor dá meia-volta, volver.
Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo,
que você está de banho tomado e camisa jeans.
Agora que você está empregado,
lavou o carro e está com grana para um cinema.
Agora que você pintou o apartamento,
ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz.
Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera
e de onde menos se imagina.
Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga,
e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você.
Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana.
Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros.
Sentindo-se um ET perdido na cidade grande,
você busca refúgio numa locadora de vídeo,
sem prever que ali mesmo, na locadora,
irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.
O amor é que nem tesourinha de unhas,
nunca está onde a gente pensa.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste.
Seu amor pode estar no corredor de um supermercado,
pode estar impaciente na fila de um banco,
pode estar pechinchando numa livraria,
pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro.
Pode estar aqui mesmo, no computador,
dando o maior mole.
O amor está em todos os lugares,
você que não procura direito.
A primeira lição está dada:
o amor é onipresente.
Agora a segunda:
mas é imprevisível.
Jamais espere ouvir “eu te amo”
num jantar à luz de velas,
no dia dos namorados.
Ou receber flores logo após a primeira transa.
O amor odeia clichês.
Você vai ouvir “eu te amo” numa terça-feira,
às quatro da tarde, depois de uma discussão,
e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista,
depois de aprovado no teste de baliza.
Idealizar é sofrer.
Amar é surpreender.

Martha Medeiros

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Maria Gadu e Lendro Leo: Linda Rosa

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

animação em papel

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Amizade

domingo, 7 de fevereiro de 2010

sábado, 6 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Maria Rita - Não deixe o samba morrer

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Seja dono do seu próprio umbigo

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Luiza Possi- Eu Te Devoro

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ponto

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Voce aprende...